SÃO PAULO – O Ibovespa subiu mais de 1% nesta segunda-feira (18), atingindo sua 9ª alta consecutiva e chegando ao seu maior patamar desde 15 de maio de 2015, quando o índice terminou o pregão em 57.248 pontos. A última vez em que a Bolsa subiu por 9 sessões consecutivas foi no fim de setembro e começo de outubro do ano passado, quando o índice subiu sem parar por 9 vezes entre os dias 29 e 9 do mês seguinte.
Nesta segunda, o benchmark firmou seu movimento de alta depois do vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 2,59 bilhões. O índice também seguiu o movimento um pouco mais positivo visto pelas bolsas norte-americanas no fim da tarde, após caírem mais cedo por conta da tentativa de golpe militar realizada na Turquia na sexta-feira.
O Ibovespa subiu 1,63%, aos 56.484 pontos, superando o patamar de 56 mil pontos pela primeira vez no ano. O volume finaceiro negociado na Bovespa foi de R$ 9,836 bilhões.
A lira turca se fortaleceu neste pregão, recuperando mais da metade das perdas de sexta-feira, desencadeadas pela tentativa frustrada de golpe. Isso também afeta outras moedas emergentes e, por aqui, o dólar futuro opera com queda de 0,96%, aos R$ 3,265 na venda no after-market. Enquanto isso, o dólar comercial fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,08%, a R$ 3,2497 na compra e R$ 3,2517 na venda. Nesta manhã o Banco Central colocou todo o lote de 10.000 contratos se swap reverso para venda, com valor total de US$ 500 milhões.
Enquanto isso, os juros futuros registram perdas, com o contrato para janeiro de 2018 caindo 4 pontos percentuais, para 12,66%, enquanto o DI para janeiro de 2021 tem queda de 6 pontos, atingindo os 11,96%.
Em entrevista ao canal GloboNews, o presidente interino Michel Temer afirmou que quer que os juros caiam, mas com parcimônia. Tenho pedido à equipe econômica que ao longo deste ano veja a possibilidade de se reduzir, mesmo que minimamente, os juros, porque isso causa uma ótima repercussão no mercado. Mas isso é o tempo que vai dizer.
Vencimento de opções Deste total, R$ 2,43 bilhões vieram do exercício de opções de compra e os R$ 166 milhões restantes vieram de opções de venda.
Entre as cinco opções mais movimentadas, destaque para as ações da Petrobras (PETR4), com as duas primeiras colocações. A opção de compra de PETR4 a R$ 10,00 movimentou R$ 130,56 milhões, enquanto o contrato de compra das ações a R$ 11,00 teve volume de R$ 104,65 milhões.
O terceiro contrato mais movimentado foi o de compra de Itaú Unibanco (ITUB4) a R$ 31,26, com volume de R$ 84,26 milhões. Em seguida aparece a Cielo (CIEL3) a R$ 33,81, com o contrato de compra movimentando R$ 77,63 milhões. Completa a lista as opções de compra de Vale PN (VALE5) a R$ 13,23, com volume de R$ 70,05 milhões.
Relatório Focus As expectativas sobre o tamanho da recessão neste ano foram reduzidas pelos economistas consultados pelo Banco Central. Conforme aponta o relatório Focus desta semana, a mediana das projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2016 subiram de -3,30% para -3,25%, ao passo que para o ano seguinte saltaram de 1,00% para 1,10%.
Já a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi mantida em 7,26% para este ano e caiu para 5,30% no ano seguinte – 10 pontos percentuais abaixo da mediana das estimativas da semana anterior. Para a taxa básica de juros, a Selic, as expectativas foram mantidas em 13,25% para 2016 e 11% em 2017.
Datafolha Segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado (16), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na liderança das intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018. Porém, no segundo turno, ele poderia ser derrotado pela ex-senadora Marina Silva (Rede) ou pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).
Em eventual segundo turno entre Lula e Marina, ela venceria o petista por 44% a 32%. Lula também seria derrotado, por 35% a 40%, se o candidato no segundo turno fosse Serra, considerando a margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na simulação entre Aécio Neves (PSDB-MG) e Lula, o tucano teria 38% das intenções de voto e Lula teria 36%, mesma situação que ocorreria com Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Lula.
Outra pesquisa do instituto mostra que, para 50% dos brasileiros, seria melhor para o Brasil que o presidente interino Michel Temer (PMDB) continue no cargo até 2018. Apenas 32% achariam melhor que Dilma voltasse. Os 18% restantes responderam nenhum, preferiram uma eleição, deram outras respostas ou disseram não saber. A pesquisa foi feita entre os dias 14 e 15 de julho.
Temer possui uma taxa de aprovação similar à de Dilma antes de deixar o cargo: 14% consideram sua gestão ótima ou boa. No início de abril, 13% tinham a mesma opinião sobre o governo Dilma. Contudo, a reprovação a Temer é muito inferior se comparada a de Dilma: o peemedebista é visto como ruim ou péssimo por 31%, cerca de metade do atribuído a Dilma (65%) antes de ser afastada.
Por fim, em uma terceira pesquisa, o Datafolha mostrou que os brasileiros estão mais otimistas sobre a economia do país. Segundo o levantamento, a expectativa sobre o futuro da economia e de sua situação pessoal atingiu o maior nível desde 2014.
O Índice Datafolha de Confiança (IDC), que calcula a expectativa econômica do entrevistado e a perspectiva sobre o país, chegou a 98 pontos em julho de 2016 – no final de 2014, era de 121 pontos. Pela metodologia do Datafolha, índices acima de 100 são considerados positivos, e abaixo disso, negativos. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 13698