O pai do afegão preso após os ataques com bomba em Nova York e Nova Jersey no final de semana relatou suas preocupações a respeito do filho à Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) em 2014, mas não foram encontradas ligações com terrorismo e o inquérito foi abandonado, disseram o pai e a agência nesta terça-feira.
As autoridades dos EUA estão investigando se Ahmad Khan Rahami, cidadão norte-americano naturalizado capturado na segunda-feira em Nova Jersey após uma troca de tiros com a polícia, teve cúmplices nas explosões ou se durante viagens ao Afeganistão e ao Paquistão se radicalizou.
A investigação está ativa e em curso, e isso está sendo investigado como um ato de terror, disse a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, em Lexington, no Kentucky.
Rahami, 28, é suspeito de ser responsável pelas explosões ocorridas no final de semana, uma delas na noite de sábado no movimentado bairro nova-iorquino de Chelsea que feriu 29 pessoas e duas no subúrbio de Nova Jersey, incluindo uma mais cedo no sábado perto de Seaside Park, local onde foi realizada uma corrida de caridade dos fuzileiros navais, que não deixou feridos.
Seu pai, Mohammad Rahami, saiu brevemente do restaurante da família em Elizabeth, Nova Jersey, nesta terça-feira dizendo aos repórteres eu chamei o FBI dois anos atrás.
Um agente policial dos EUA confirmou que Rahami pai se encontrou com o FBI duas vezes, a primeira dizendo estar preocupado por seu filho estar saindo com pessoas que poderiam ter conexões com militantes, mas duas semanas depois afirmando que sua verdadeira preocupação era que o filho estivesse se associando a criminosos.
O FBI disse em um comunicado que começou uma avaliação sobre Rahami em 2014 com base nos comentários que o pai fez sobre seu filho depois de uma disputa doméstica.
O FBI conduziu revisões em seu banco de dados interno, checagens e várias entrevistas, nenhuma delas revelou vínculos com o terrorismo, afirmou o FBI.
Rahami foi preso segunda-feira em Linden, Nova Jersey, não distante de Elizabeth, onde sua família mora na parte de cima do restaurante First American Fried Chicken. A família é conhecida das autoridades locais por causa das brigas frequentes relacionadas ao restaurante, que já recebeu queixas de barulho por ficar aberto até muito tarde da noite.
Duas autoridades dos EUA disseram que Rahami viajou para o Afeganistão e para Quetta, no Paquistão. O funcionário e outras fontes de segurança norte-americanas disseram que Rahami passou por uma verificação de segurança adicional ao voltar do exterior, mas que foi liberado em todas as ocasiões. Uma das autoridades, que é especialista em contraterrorismo, afirmou que a verificação secundária incluiu perguntar ao suspeito para onde ele havia ido e com que objetivo.
– BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 18238