O magnata cubano-americano Mike Fernández, que historicamente apoiou o Partido Republicano, pediu aos latinos que votem contra Donald Trump e anunciou uma doação de US$ 2 milhões à campanha da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
Em uma coluna de opinião publicada nesta terça-feira pelo jornal Miami Herald, Fernández recomenda aos hispânicos que rejeitem a violência de Trump contra esta comunidade.
Peço a todos os latinos que rejeitem o homem que fomenta a violência contra eles, declarou Fernández.
O empresário doará US$ 2 milhões à campanha da ex-secretária de Estado para o registro de eleitores latinos na Flórida, estado onde reside e um dos mais decisivos para as eleições presidenciais de novembro.
Fernández apoia a normalização das relações com Cuba impulsionada desde 2014 pelo governo do presidente Barack Obama e pediu que os cubano-americanos rejeitem Trump, que recentemente anunciou em Miami que reverteria essa decisão caso chegue à Casa Branca.
Este homem está levando os EUA e vocês pelo mesmo caminho de decepção que vocês viveram durante 60 anos, expressou Fernández aos compatriotas.
O empresário, que tinha apoiado a candidatura do ex-governador republicano da Flórida Jeb Bush à presidência, afirmou que não pode apoiar um partido que não reconhece.
Como republicano que contribuiu para milhões de causas de nosso partido, pergunto: por que nosso partido não fez uma avaliação psicológica de seu candidato?, questionou.
Em 2014, Fernández, um dos principais aliados do governador da Flórida, Rick Scott, renunciou a seu posto na campanha para a reeleição do republicano após denunciar que sua equipe não entendia a cultura dos eleitores hispânicos.
O empresário, que era presidente da arrecadação de fundos para a campanha de Scott, expressou sua frustração em vários e-mails nos quais denunciava membros da equipe do governador por imitar o sotaque mexicano.
Hillary Clinton é, sem dúvida, uma opção superior a Donald Trump, considerou Fernández, ao argumentar que o empresário imobiliário ameaça os valores básicos da democracia. EFE
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