A semana termina com mais uma alta do Ibovespa, que chegou a superar o patamar de 62 mil pontos durante o pregão. Com uma agenda mais fraca por conta do feriado, os últimos dias ficaram focados no mercado externo e o anúncio nesta sexta-feira (14) do corte de preço de combustíveis pela Petrobras. Porém, para a próxima semana tudo mudará, com com muitos indicadores e eventos prometendo agitar bastante o mercado.
Serão pelo menos três eventos no exterior e três domésticos que os investidores precisarão ficar de olho. Apesar disso, segundo o economista Mauro Schneider, da MCM Consultores, estes acontecimentos externos não devem trazer grande surpresa para o mercado, o que, por consequência, acaba não tendo grande efeito na bolsa. Mesmo assim, PIB na China, reunião do Banco Central Europeu e o último debate entre Donald Trump e Hillary Clinton são eventos que não devem ser ignoradas.
Os eventos com potencial de impactar o mercado são os internos, que são mais imprevisíveis, em especial a reunião do Copom, afirma Schneider. Na quarta-feira (19), o Banco Central decide sobre a nova taxa de juros e os analistas estão bastante divididos sobre o que esperar. Há quem acredite em mais uma manutenção da Selic, enquanto existem especialistas que falam em corte de 0,25 ou 0,50 ponto percentual.
No Brasil, destaque também para a divulgação dos dados considerados as prévias da inflação e do PIB (Produto Interno Bruto): IPCA-15 e o IBC-Br. Apesar de não terem tanto impacto no mercado por virem de informações já conhecidas, os dois são bastante importantes. Por fim, importante lembrar que, a partir de segunda-feira (17), a Bolsa começa a operar com horário diferenciado, com o pregão se estendendo até às 18h. Para saber mais, clique aqui.
Confira os principais eventos da próxima semana:
Reunião do Copom Em sua terceira reunião em novo formato e liderada por Ilan Goldfajn, os membros do comitê irão se reunir das 14h30 às 18h da terça-feira (18) e da quarta para deliberar se cortam ou não a Selic. O resultado sai na quarta após este período e deve marcar o início do ciclo de corte de juros. Porém, o mercado segue indeciso se teremos uma redução mais forte, de 0,50 ponto percentual, ou branda, de 0,25 p.p.. Além disso, fica a expectativa pelo comunicado, que promete trazer detalhes sobre como o BC está vendo a economia no momento e o que planeja fazer com a Selic no futuro.
3º debate nos EUA Na noite de quarta ocorre o terceiro e último debate entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos democrata de republicano, respectivamente, na corrida pela Casa Branca. Após vitória da democrata nos dois primeiros encontros e os recentes escândalos envolvendo Trump, a expectativa é que o clima seja ainda mais quente neste debate já que será a última chance do republicano reverter o cenário que começou a se instaurar e que deve levar à vitória de Hillary. O embate começa às 23h (horário de Brasília), na universidade de Nevada em Las Vegas, e será moderado por Chris Wallace, âncora do Fox News Sunday.
PIB da China Também na quarta-feira à noite, sem horário definido, será divulgado o PIB da China, que para os analistas da LCA Consultores, deve ficar em 6,7%, mantendo o mesmo patamar do resultado anterior. Segundo Schneider, indicadores antecedentes já indicam que o resultado deve ficar realmente próximo de 7%. Acho difícil termos uma surpresa negativa neste caso, afirma.
IBC-Br Na quinta-feira, às 8h30, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de agosto será divulgado, com a expectativa mediana dos economistas sendo de recuo de 0,5% na economia brasileira no período.
Reunião do BCE Também na quinta-feira ocorre a reunião do Banco Central Europeu, que promete agitar o mercado após os recentes boatos de que a autoridade monetária europeia poderia anunciar um corte nos estímulos à economia. Apesar de ter desmentido a informação, analistas e investidores ficam atentos para o rumo da economia na região e sobre os efeito do Brexit ao grupo europeu.
IPCA-15 Na sexta-feira (21) às 9h, o IBGE divulga o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) colhido entre os dias 15 de setembro e 15 de outubro. As estimativas dos economistas são de que o índice mostre um avanço de 0,20%, contra os 0,23% de aumento registrados no período anterior. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 19289