Os engenheiros do Facebook desenvolveram uma ferramenta para adaptar a maior rede social do mundo à censura da internet na China e entrar assim no gigante asiático, informou o The New York Times.
Este software só foi testado pelo Facebook por enquanto internamente, afirmou o rotativo nova-iorquino, que cita empregados e ex-funcionários da companhia em condição de anonimato.
Sem responder diretamente ao jornal, o Facebook divulgou um comunicado no qual abordou seus planos no gigante asiático.
Durante muito tempo dissemos que estamos interessados na China, e estamos investindo tempo em entender e aprender mais sobre esse país, disse Debbie Frost, uma porta-voz da companhia.
Frost também garantiu que o Facebook ainda não tomou nenhuma decisão em sua aproximação com a China.
Até o momento, o Facebook restringiu conteúdos para cumprir com as normas locais em países como Rússia, Turquia e Paquistão, mas a ferramenta criada para adentrar na China suporia ir um passo além.
A China bloqueou o Facebook em 2009 por causa da revolta independentista em Urumqi, capital da região noroeste de Xinjiang, que terminou com cerca de 200 mortos, ao argumentar que os ativistas se organizavam através da rede social.
Para usar o Facebook na China hoje em dia, os usuários devem acessar através de uma rede privada virtual (VPN, em inglês).
O criador e diretor do Facebook, Mark Zuckerberg, cultivou uma amizade com o presidente da China, Xi Jinping; fala um pouco de mandarim e realizou diversas viagens ao país nos últimos meses, segundo o The New York Times.
Em um encontro com empregados, Zuckenberg disse, referindo-se à China, que para o Facebook é melhor fazer parte de uma conversa, inclusive se a conversa não for completa. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 21492