O ex-presidente da Colômbia e chefe do partido opositor Centro Democrático, Álvaro Uribe, rejeitou na terça-feira que o novo acordo de paz selado pelo governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em Cuba, seja referendado pelo Congresso e reiterou a existência de temas graves que não se modificaram.
Nós dissemos, de acordo com a palavra empenhada pelo presidente da República e segundo a sentença da Corte Constitucional, que deve prevalecer o referendo popular, seja de todo o acordo ou pelo menos desses temas sensíveis sobre os quais não há acordo, disse Uribe, em uma declaração divulgada pelo Centro Democrático.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou durante um discurso que o Congresso referendará o novo acordo de paz com as Farc, que será assinado na próxima quinta-feira, em Bogotá, porque é a melhor opção, descartando um novo referendo.
Depois de ouvir todas as propostas e alternativas, e de comum acordo com as Farc, é claro que a via mais desejável e legítima para referendar este novo acordo é através do Congresso, disse Santos.
O líder da oposição reiterou seus questionamentos ao governo e às Farc, pois vários dos pontos que eles levaram, depois da vitória do não no referendo do dia 2 de outubro, não ficaram no acordo definitivo alcançado há 10 dias em Havana (Cuba).
Esses questões de tráfico de drogas, impunidade, Forças Armadas, vítimas, elegibilidade sem que se tenha cumprido uma sentença, nada disso foi aceitada, acrescenta a declaração.
As delegações de paz do governo e das Farc, que se reuniram neste terça, em Bogotá, expediram um comunicado onde informaram que o novo acordo de paz se assinará na quinta-feira, no Teatro Colón, na capital colombiana.
O evento de quinta-feira será liderado pelo presidente Santos e o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverry, conhecido como Timochenko, que está desde segunda-feira em Bogotá, ao lado da cúpula da guerrilha. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 21505