Soluções para os problemas e desafios do mundo moderno são os principais temas da 10ª edição da Campus Party, uma das principais feiras de tecnologia do mundo, e que abriu as portas para o público em São Paulo nesta terça-feira.
Realizada na capital paulista desde 2008 e com uma edição especial no Recife em 2012, o evento contará desta vez com 8 mil campuseiros, nome dado aos participantes que ficarão até sábado acampados dentro do Pavilhão de Exposições Anhembi.
A organização espera também 80 mil visitantes durante os seis dias de feira, que reúne expositores, especialistas e alguns convidados, como o grafiteiro brasileiro Eduardo Kobra e o norte-americano Mitch Lowe, cofundador do Netflix.
As palestras dos especialistas e os debates com a participação dos campuseiros irão propor soluções aos desafios do mundo moderno a partir da informática e da tecnologia, sem deixar de lado os valores humanos da sociedade.
Um dos temas na agenda será a discussão do Marco Civil da Internet, que regulará o acesso à rede no Brasil. Para o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, a discussão do Marco Civil e o Fórum de Cidades Inteligentes e Humanas ressaltam o compromisso de ligar o social com a tecnologia.
A revolução digital vai mudar as leis e, por isso, é importante, no parlamento, que se tenha consciência que isso vai ocorrer, ressaltou Farruggia.
Por esse motivo, a Campus Party se uniu recentemente ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a realização do The Big Hackathon, um desafio que tem como objetivo encontrar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável do planeta.
Uma batalha de robôs, 14 simuladores, videogames, teste de astrofísica e o 1º Campeonato Brasileiro de Drones serão algumas das atrações para o público, que terá 700 horas de entretenimento. Um serviço interno de internet com velocidade de 40gb é outro dos atrativos para os campuseiros.
Fontes próximas à organização indicaram que a 10ª edição brasileira da Campus Party custou R$ 22 milhões.
O diretor-geral da Campus Party Brasil, Tonico Novaes, admitiu que a atual edição recebeu menos recursos que as anteriores e muitos dos patrocinadores não contribuíram neste ano como consequência da recessão econômica vivida pelo Brasil. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 25927