“Vamos trabalhar com foco em inteligência e conhecimento científico, nos antecipando às ações de criminosos e, assim, evitar que novos delitos sejam cometidos”, disse o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Ricardo Balestreri, ao ser apresentado nesta sexta-feira, dia 10, aos servidores da pasta.
Na ocasião, Balestreri afirmou que assume a secretaria com o entendimento de que, enquanto gestor público, tem a responsabilidade de exercer as atribuições enquanto serviço. “Cabe a nós trabalhar diuturnamente para melhorar a vida da população”, defendeu. Ele se referiu aos policiais como “heróis que diariamente cuidam de nós e por isso devemos cuidar bem deles”. Segundo avalia, cada policial, homem e mulher, nunca vêm sozinhos, “mas representam uma multidão”.
O novo titular da SSPAP também esclareceu que, ao contrário do que foi divulgado por alguns veículos de comunicação, não defende a ideia de simplesmente “esvaziar presídios”. Segundo afirma, foi uma interpretação equivocada. “O que acredito é que, em alguns casos, devemos discutir penas alternativas, mas que sejam eficientes”, explicou.
O evento também foi marcado por homenagens pelo Dia Internacional da Mulher. Balestreri citou a experiência bem-sucedida de combate à criminalidade na Colômbia, ao citar que um dos professores que planejaram as mudanças na segurança local, que hoje são modelo para outras nações, disse sem pestanejar: o que fez a grande diferença no país foi a presença mínima de 30% de mulheres nas tropas.
Estiveram presentes o superintendente executivo da SSPAP, coronel Edson Costa; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Divino Alves; o delegado geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio; o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Divino Aparecido de Melo; a superintendente de Polícia Técnico-Científica, Rejane Barcelos; e a superintendente do Procon, Darlene Araújo.
Investimento
Em pronunciamento anterior, Balestreri disse que o “muitas vezes, a tecnocracia olha para a segurança pública como gasto, e não como investimento”. Conforme salientou, a crise no setor pode retardar, atrasar ou fazer retroceder o desenvolvimento do País. Ele reconhece que há em Goiás um esforço no sentido de reduzir os indicadores de criminalidade, com a execução de programas como o Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual e também o Pacto Social Goiás Pela Vida, de caráter multissetorial.
Balestreri é um defensor ardoroso da gestão pública de segurança que concilie conhecimento científico com sabedoria advinda da prática. “É a ciência aplicada que reduz crime e violência”, acentua. “Não sou de gabinetes, sou prático, e há 28 anos trabalho com policiais e bombeiros. Há uma sabedoria que vem das ruas. Mas temos que superar no Brasil essa dicotomia entre conhecimento e prática”.
Segundo ele, “segurança pública não se faz com soluços, temos também que superar o conceito que temos hoje de responder aos soluços do cotidiano, temos que ter planejamento prospectivo”. Para Balestreri, é preciso ser prático, mas ter conhecimento comparado, perceber o que está dando certo em cada país, em cada lugar, e usar o melhor dessas experiências para fazer o melhor. – BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 28467