O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, advertiu nesta quinta-feira que quem tentar boicotar as eleições à Assembleia Constituinte no próximo 30 de julho será julgado pelos tribunais militares e pegará até 10 anos de prisão.
Os centros de votação serão decretados zonas de segurança, e qualquer crime cometido no perímetro será julgado pela justiça militar e com prisão daqueles que pretendam boicotar o processo eleitoral, disse El Aissami, durante um ato com candidatos à Constituinte.
Somos obrigados a garantir a paz, a direita ameaçou fechar alguns centros (de votação), afirmou.
El Aissami alertou que quem cometer um crime dentro de uma zona de segurança (cujo perímetro foi ampliado de 200 a 500 metros) receberá uma pena de prisão de entre cinco e dez anos.
A Venezuela vive há quase três meses e meio uma onda de protestos contra o presidente Nicolás Maduro que já deixou 95 mortos, em meio a uma severa crise econômica, que se traduz pela falta de alimentos e medicamentos e por uma inflação que deve atingir os 720% em 2017, segundo o FMI.
A oposição convocou para o próximo domingo um plebiscito com o qual espera demonstrar uma ampla rejeição à Constituinte, que o governo promove como um suprapoder com faculdades para dissolver, inclusive, o Parlamento, controlado pela oposição.
O governo afirma que o plebiscito não terá qualquer caráter legal, enquanto a oposição o qualifica de exercício de desobediência civil.
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