A oposição hondurenha apresentou um recurso de anulação contra a declaração do tribunal eleitoral que reconhece o presidente Juan Orlando Hernández como vencedor das eleições de 26 de novembro, alegando fraude, informou nesta quarta-feira o grupo político.
Manuel Zelaya, coordenador da esquerdista Aliança de OPosição contra a Ditadura, que apoiou o apresentação de televisão de 64 anos, Salvador Nasralla como candidato, entregou o pedido ao Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).
No entanto, na semana passada, o Nasralla anunciou que abandonou a luta pela presidência de Honduras, após os Estados Unidos reconhecerem como ganhador das eleições o presidente Hernández.
Com a decisão dos Estados Unidos eu saio de cena, declarou Nasralla ao canal HCH, onde trabalhou como apresentador.
Nasralla, 64 anos, foi o candidato da Aliança de Oposição Contra a Ditadura (esquerda) nas eleições de 26 de novembro.
Os Estados Unidos reconheceram na sexta-feira a reeleição de Hernández, mas insistiram na revisão, de maneira transparente e completa, de qualquer impugnação referente às eleições, marcadas por suspeitas de fraude.
Nasralla assinalou que o reconhecimento de Hernández foi um precedente imposto por eles, em referência aos Estados Unidos, porque têm muito medo dos governos de esquerda.
O candidato opositor avaliou que a partir da declaração de Washington fica destruída a aliança de oposição liderada por Zelaya, que convocou a população a protestar nas ruas contra o roubo nas eleições.
Nasralla comunicou ainda sua saída da política para se dedicar a seus programas esportivos na principal rede de televisão do país, a Televicentro, se os proprietários o permitirem.
Nesta quarta-feira, Zelaya prometeu que até o último dia de minha vida, da minha existência aqui na Terra, vou defender a vitória do povo, o triunfo da aliança e a vitória de Salvador Nasralla.
Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), recomendou a convocação de novas eleições diante das irregularidades constatadas por uma missão de observadores, mas o executivo hondurenho publicou uma carta nesta quarta-feira onde informa que não aceita tal solicitação, qualificada de ingerência.
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