A Corte Suprema russa rejeitou neste sábado uma apelação do principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, confirmando a proibição da comissão eleitoral russa a apresentar-se à eleição presidencial de março do ano que vem.
A alta instância decidiu rejeitar a apelação do opositor, anunciou o juiz Nikolai Romanenko, citado por agências russas.
A comissão eleitoral russa havia rejeitado na segunda-feira a candidatura de Navalny para as eleições de 18 de março, recorrendo de sua condenação judicial por desvio de fundos, uma acusação que o opositor considera fabricada para afastá-lo da política.
Vamos apelar desta decisão da Corte Suprema. A denunciaremos ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, reagiu o advogado do opositor, Ivan Jdanov, citado pela agência Interfax.
Navalny, carismático jurista de 41 anos que motivou a abertura de investigações sobre a corrupção das elites russas, decretou uma greve de voto nesta segunda-feira, quando sua candidatura foi rejeitada.
O opositor, que conta com uma fiel base de simpatizantes e organizou duas concorridas manifestações deste ano, também convocou seus partidários a sair às ruas para manifestar-se em 28 de janeiro.
Mais de vinte de candidatos irão concorrer junto com o presidente Vladimir Putin à eleição presidencial de 18 de março.
Considerando a popularidade de Putin, que está há 18 anos no poder, e a ausência de seu principal opositor, certos observadores preveem uma elevada abstenção que prejudicaria a legitimidade do resultado.
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