O tradicional prato feito, chamado também de PF, está mais caro para o consumidor. Pesquisa do site Mercado Mineiro mostra um aumento de 17,8% de janeiro de 2017 ante o mesmo período deste ano, percentual seis vezes maior do que o da inflação do ano passado – que fechou o ano com reajuste de 2,9%. Se há um ano o belo-horizontino pagava, em média, R$ 14,13 na refeição, agora, ele precisa desembolsar R$ 16,65.
O marmitex também teve aumento: de 0,57%, o pequeno, e 5,8%, o grande. Só a comida a quilo, o famoso self-service, encerrou o mês com ligeira queda de 1,22%. Mas, em compensação, é a opção mais cara para quem precisa comer fora de casa. O que fazer, então, se o salário no bolso do brasileiro não aumentou para cobrir o gasto com alimentação?
O economista Feliciano Abreu, coordenador do Mercado Mineiro, afirma que simplesmente boicotar os restaurantes não resolve. “Isso só ia fechar o comércio e gerar mais desemprego”, explica. Uma saída, segundo ele, é ter equilíbrio. “A pessoa pode almoçar em restaurante três vezes por semana e, nos outros dias, levar marmita”, sugere Abreu. “O importante é não perder o poder de compra e se alimentar bem”.
Outra dica é para os empresários. “Mais do que nunca, é preciso comprar bem, encontrar produtos bons que estejam em oferta”, completa o economista.
O músico Daniel Neto, criador do blog Baixa Gastronomia, é especialista em prato feito e afirma que, mesmo tendo o maior reajuste, essa ainda é a melhor opção para comer fora de casa. “Sou defensor do PF porque sai mais barato que o quilo e, geralmente, são pratos bem servidos. É possível achar ótimas opções em Belo Horizonte por R$ 14”, argumenta.
Ele almoça em restaurante ao menos quatro vezes por semana e diz que é preciso pesquisar bastante para conseguir manter esse ritmo. “Se tiver o mínimo de tempo, tem que conferir os preços e não ter preguiça de caminhar dois ou três quarteirões para achar algo que seja mais em conta”, diz.
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