Autoridades iranianas ameaçaram, nesta quinta-feira (8), o grupo sul-coreano Samsung com represálias comerciais depois que os organizadores dos Jogos Olímpicos de Inverno 2018 decidiram na quarta-feira privar iranianos e norte-coreanos dos smartphones dados de presente a todos os participantes da competição.
Coincidência, ou não, a ameaça foi seguida de um anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quinta garantindo que, ao contrário do que o comitê organizador dos Jogos de Pyeongchang tinha anunciado, todos os atletas que participarem da competição receberão um smartphone.
O comitê tinha apontado na quarta que os atletas norte-coreanos e iranianos não poderiam receber os celulares devido às sanções da ONU contra seus respectivos países.
Na quarta-feira à noite, o embaixador da Coreia do Sul em Teerã, Kim Seung-ho, foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores, segundo a agência oficial Irna.
Durante o encontro […] o ministério protestou com veemência pelo comportamento desonesto e contrário ao espírito olímpico, indica a Irna.
Foi anunciado que, se a Samsung não apresentar desculpas pelo ato imprudente, o caso terá fortes repercussões nas relações comerciais entre o grupo Samsung e a República Islâmica do Irã.
O COI apontou nesta quinta que os iranianos poderão ficar com os celulares para si, enquanto os norte-coreanos terão que devolvê-los ao fim do evento.
A Samsung Electronics, uma das patrocinadoras dos Jogos, doou quatro mil exemplares da edição olímpica de seu principal modelo, o Galaxy Note 8, para serem distribuídos entre atletas e integrantes do COI.
Quase todas as sanções da ONU contra o Irã estão suspensas graças à resolução 2231 do Conselho de Segurança, adotada em julho de 2015, no contexto da aprovação do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano.
O Irã enviou quatro atletas aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyongcheang, que acontecem entre 9 e 25 de fevereiro.
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