O cientista britânico John Sulston, que ganhou um prêmio Nobel por sua contribuição ao estudo do genoma humano, faleceu aos 75 anos, informou nesta sexta-feira o instituto fundado pelo acadêmico.
Mike Stratton, diretor do Instituto Wellcome Sanger, descreveu o acadêmico falecido na terça-feira passada como um grande homem de ciências e líder visionário.
Em 2002, Sulston recebeu o Nobel junto a seu colega britânico Sydney Brenner e ao americano Robert Horvitz, em reconhecimento por suas descobertas para o estudo do genoma.
Utilizando um verme – o Caenorhabditis elegans – os cientistas conseguiram desvendar parte do mecanismo mediante o qual os genes regulam a morte programada das células, um processo vital para se entender o câncer.
Sulston era conhecido por liderar a contribuição do Reino Unido a um projeto internacional para mapear o genoma humano e por sua insistência em levar os dados ao domínio público.
Sua dedicação ao livre acesso à informação científica foi a base do movimento para o livre acesso e ajudou a garantir que o genoma humano de referência fosse publicado de maneira aberta para o benefício de toda a humanidade, destacou Jeremy Farrar, diretor do Wellcome.
Sulston fundou o centro Sanger, situado na região de Cambridge, em 1992, que dirigiu até 2000. Hoje a instituição é uma das mais importantes do mundo consagradas à pesquisa sobre o genoma humano.
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