Na última semana a DeepMind anunciou o desenvolvimento de uma inteligência artificial capaz de prever riscos à vida humana. A empresa adquirida pelo Google, em 2014, firmou uma parceria com o Departamento de Veteranos dos Estados Unidos a fim de identificar o estado de saúde, prevenir a deterioração e tratar o estado clínico dos pacientes monitorados pelo sistema. Se der certo, a pesquisa pode ser utilizada no mundo inteiro.
De acordo com o comunicado oficial da empresa, o foco da pesquisa é concentrado na busca e tratamento de lesões agudas renais (AKI – Acute Injury Kidney, em inglês). Uma vez que esse é um dos males mais difíceis de ser detectado e ao mesmo tempo um dos maiores responsáveis pala rápida deterioração da condição física humana, quando manifestado.
Capaz de monitorar os pacientes 24 horas por dia e em tempo real, o método de desenvolvimento da inteligência artificial é baseado na programação de algoritmos que reconheçam a AKI no organismo humano mais cedo do que os métodos atuais. Além da detecção precoce, o método facilitaria o trabalho dos profissionais de saúde, tanto na identificação dos sintomas, quanto no tratamento da doença.
A DeepMind assegura que os dados dos cerca de 700 mil pacientes envolvidos na pesquisa serão tratados com respeito e confidencialidade. Além disso, no futuro, a empresa pretende utilizar o desenvolvimento do algoritmo em casos semelhantes que envolvam outras doenças.
A empresa de tecnologia menciona estudos onde a estimativa é de que aproximadamente 11% das mortes ocorridas em hospitais acontecem justamente devido à deterioração da condição clínica não detectada dos pacientes.
O comunicado diz: “O trabalho que estamos desenvolvendo agora é exploratório, mas estamos otimistas a respeito do potencial de aprendizado tecnológico da máquina em longo prazo nesta área. Em um mundo onde a maioria dos recursos hospitalares é giram em torno do tratamento de sintomas quando as pessoas já estão doentes, temos esperança que essas técnicas de prevenção possam pavimentar o caminho para um tratamento mais preventivo e ajudar que as pessoas já não fiquem mais doentes”.
Microchip
Desde 2013, pesquisadores da UCL – University College London, na Inglaterra, desenvolvem um microchip para celulares, capaz de testar e identificar doenças infectocontagiosas, como epidemias de gripe, bactérias como a MRSA e o HIV. Ou seja, celulares com internet poderão rastrear, identificar e alertar sobre esse tipo de doença.
Semelhante à verificação de glicemia, o teste precisa apenas de uma gota de sangue para exibir os resultados do exame na tela do celular. Além disso, o programa vinculado ao chip deve trazer links sobre os sintomas dessas doenças espalhados em plataformas confiáveis pela internet.
De acordo com a Doutora Rachel McKendry, “Essa nova geração de sistemas de testes e rastreamento diagnósticos poderia salvar milhões de pessoas de doenças mortais, como Influenza, MRSA e HIV. A revolução na comunicação móvel, da nanotecnologia, genética e do “big data” oferecem oportunidades tremendas de lidar com epidemias e, mais importante, prevenir doenças contagiosas”. – Por @vitorvalencio – I3D 56102