Estados Unidos e China estão envolvidos, há um mês, em uma disputa comercial provocada pela decisão do governo de Donald Trump de impor tarifas às importações de aço e alumínio.
Confira abaixo as principais datas do conflito entre as duas maiores potências econômicas mundiais:
– 8 de março: Trump promulga tarifas de 25% sobre o aço, e de 10%, sobre o alumínio. Ele isenta temporariamente Canadá e México, sócios no Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) e outros países, inclusive os da União Europeia. Contudo, não exonera a China.
– 22 de março: Trump assina um memorando dirigido contra a agressão econômica da China e anuncia que os Estados Unidos vão impor novas tarifas aos produtos chineses, em cerca de 60 bilhões de dólares, em represália ao roubo de propriedade intelectual e para proteger as empresas americanas.
O presidente dá 15 dias para seu representante comercial (USTR) Robert Lighthizer elaborar uma lista de produtos.
– 23 de março: em represália às tarifas sobre os dois metais, Pequim revela uma lista de 128 produtos americanos que pretende taxar com tarifas aduaneiras entre 15% e 25%, caso as negociações com Washington fracassem. Entre eles, estão frutas frescas, carne suína e alumínio reciclado. Os produtos americanos na lista representavam 3 bilhões de dólares no ano passado.
– 26 de março: autoridades chinesas pedem aos Estados Unidos para conterem sua intimidação econômica e ameaçam novas represálias.
– 2 de abril: China põe em prática sua ameaça de 23 de março. Anuncia medidas punitivas contra 128 produtos americanos em resposta às tarifas sobre o aço e o alumínio.
– 3 de abril: atendendo ao pedido do presidente em 22 de março, Robert Lighthizer publica a lista provisória de produtos chineses que podem ser sujeitos a novas tarifas em represália à transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual americanas para a China.
A lista, que alcança aproximadamente 50 bilhões de dólares de exportações chinesas, inclui produtos de várias indústrias – entre elas, os setores de aeronáutica, tecnologia da informação, comunicação, robótica e maquinário.
– 4 de abril: poucas horas depois da publicação da lista, Pequim responde com sua própria versão, atingindo o mesmo montante anual: 50 bilhões de dólares.
A China recorre à artilharia pesada ao incluir produtos mais estratégicos, como a soja, o setor automotivo e o aeroespacial, que pesam muito na balança comercial americana.
Trump garantiu, nesta quarta-feira, que não estamos em uma guerra comercial com a China, esta guerra foi perdida há muitos anos pelas pessoas tolas, ou incompetentes, que representavam os Estados Unidos.
Agora, temos um déficit comercial de US$ 500 bilhões por ano, com o Roubo de Propriedade Intelectual de outros 300 bilhões. Não podemos permitir que isto continue, afirmou em um tuíte.
O déficit comercial dos Estados Unidos com a China foi de 375,2 bilhões de dólares em 2017.
– 5 de abril: o ministro chinês de Relações Exteriores, Wang Yi, pede para comunidade internacional formar uma frente comum contra Washington.
A China também apresenta uma nova queixa ante a Organização Mundial do Comércio (OMC) para impugnar as tarifas que os Estados Unidos pretendem implementar sobre vários de seus produtos.
Trump eleva a aposta e ameaça tarifar as importações chinesas em até 100 bilhões de dólares adicionais, que se somariam aos 50 bilhões já afetados por taxas anunciadas em 3 de abril.
– 6 abril: China garante que não teme pagar o preço de uma guerra comercial com os Estados Unidos.
Trump denuncia o funcionamento da OMC e diz que é injusta com os Estados Unidos.
– BRASIL EM FOLHAS COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – I3D 59449