O Canadá decidiu repatriar as famílias de seus diplomatas em Cuba depois de eles terem reclamado, no ano passado, de fortes enxaquecas e outros sintomas pouco habituais, anunciou nesta segunda-feira (16) o governo de Justin Trudeau.
Os Estados Unidos repatriaram em setembro do ano mais da metade dos funcionários de sua embaixada em Havana e seus familiares por mal-estares parecidos.
Em 2017, seis canadenses apresentaram sintomas como pertubação momentânea, dores de cabeça e dificuldades para se concentrar, informou o ministério das Relações Exteriores canadense em comunicado.
A causa continua sendo desconhecida, mas poderia obedecer a ações humanas, informou a chancelaria, sem mencionar pistas e avaliando a atual relação positiva e construtiva com Cuba.
Em função dessa incerteza (…) os diplomatas canadenses em função em Cuba não estarão acompanhados de suas famílias e ficarão a disposição nas próximas semanas para organizar a repatriação, informou.
Segundo o governo de Trudeau, que continua investigando os fatos, nenhum novo sintoma foi declarado desde o outono boreal de 2017. As famílias dos diplomatas que voltaram ao Canadá continuam sofrendo os sintomas, apontou.
Em alguns casos, esses sintomas pareceram diminuir de intensidade antes de reaparecer, ressaltou a chancelaria canadense.
O governo do país norte-americano fez uma avaliação ambiental de seus locais diplomáticos na capital cubana, com a realização de exames de qualidade do ar e da água. Os resultados obtidos em março não permitiram identificar nenhum fator que pudesse indicar uma causa para esses mal-estares, informou Ottawa.
Havana nega formalmente qualquer envolvimento no caso.
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