A Câmara dos Deputados debate em Plenário o Projeto de Lei 534/21, do Senado Federal, que autoriza os estados, os municípios e o setor privado a comprar vacinas contra a Covid-19 com registro ou autorização temporária de uso no Brasil.
Ao apoiar a aprovação do projeto, o deputado Giovani Cherini (PL-RS), vice-líder do governo, defendeu a atuação do Ministério da Saúde na vacinação contra a Covid-19. Proporcionalmente, nenhum país do tamanho do Brasil vacinou mais. O Brasil já distribuiu 20 milhões de vacinas. A partir de agora, serão 800 mil vacinas distribuídas ao dia, enumerou. O que a oposição quer mais? O presidente da República está agindo corretamente.
Já o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), vice-líder da Minoria, acusou o governo federal de fazer campanha contra a vacinação. O plano de imunização é tarefa do Ministério da Saúde, mas a União não tem exercido seu papel de liderança e cooperação, apontou.
Para Reginaldo Lopes, a aprovação do Projeto de Lei 534/21 será uma resposta do Parlamento à má atuação do governo federal no combate à Covid-19.
O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) ressaltou que estados e municípios poderão comprar as vacinas arcando com seus recursos e colocando a conta no Tesouro Nacional. No caso do setor privado, as doses deverão ser integralmente doadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Vetos
O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) lamentou o veto do presidente da República ao prazo de cinco dias para liberação emergencial de vacina. O governo quer socializar sua incompetência e punir os estados e municípios, afirmou.
O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) queixou-se do veto à autorização para que estados e municípios adotassem medidas para vacinação. O presidente desmontou a lei que o Congresso Nacional aprovou, afirmou.
Já o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) defendeu o veto por entender que o endividamento do estado para compra de vacinas não deve ser arcado pela União. No projeto atual, cada prefeito e governador poderá comprar e arcar com sua responsabilidade. Vamos ver agora até onde vai este teatro. Não tem vacina no mundo. Se alguém achar vacina, que compre e pague, sugeriu.
Para o líder do Cidadania, deputado Alex Manente (Cidadania-SP), a medida vai dar alternativas aos estados e municípios para a vacinação em massa.
Regime de urgência
A Câmara dos Deputados aprovou há pouco o regime de urgência para o projeto. No momento, o deputado Igor Timo (Pode-MG) relata a matéria em Plenário.
Os deputados aprovaram ainda o regime de urgência para o PL 5043/20, do deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), que está apensado ao Projeto de Lei 4237/15 e torna obrigatória a realização de vários testes em recém-nascidos para rastrear possíveis doenças, ampliando o número de anormalidades rastreadas por meio do teste do pezinho. – Câmara dos Deputados – YWD 987709