O Brasil gera 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A entidade estima que 40% desse total ainda têm destinação imprópria.
As estatísticas levantam discussões sobre as diretrizes relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos, responsabilidades ambientais e aos instrumentos econômicos aplicáveis para práticas de sustentabilidade. Para que tudo seja implementado é necessária uma integração que envolva setor produtivo, poder público, população e cooperativas de reciclagem.
Grande parte do lixo acaba indo para locais inadequados, contaminando solos e rios, atraindo insetos e aves e servindo como vetores de doenças. Aliás, expondo pessoas, principalmente de baixa renda, ao contato com substâncias perigosas.
É necessário promover a prática de hábitos de consumo sustentável, determinando assim o fim dos lixões a céu aberto. Falta conscientização e incentivos fiscais para procedimentos para viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor de reciclagem, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos.
As principais vantagens em aderir à sustentabilidade é o de tornar o setor econômico mais competitivo. É preciso sistematizar processos, firmar parcerias com a iniciativa privada, aplicar investimentos e criar condições de incentivos fiscais para que a cadeia produtiva alavancar sua economia, gerar receita para o municípios e postos de trabalho.
Roberto Hidasi é advogado ambiental