Durante a reunião de trabalho da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que trata do sistema prisional goiano e a situação das pessoas encarceradas sob custódia do Estado, Patrícia Benchimol, da Associação de Familiares e Amigos de Pessoas Privadas de Liberdade, fez uso da palavra e destacou a difícil realidade vivida pelos detentos e seus familiares.
Segundo Patrícia, muitas unidades prisionais não têm condições básicas de higiene, como água e energia, o que causa um sofrimento físico e psicológico nos detentos. “Além disso, os presos são tratados de forma desumana pelos agentes penitenciários, advogados e até mesmo pela própria família. Ela relata que muitos familiares recebem gritos e são tratados com desrespeito quando tentam visitar seus entes queridos”, destacou.
A situação, de acordo com Patrícia, é tão grave que muitos presos perdem a dignidade como pessoas e acabam se tornando violentos e agressivos. “É preciso garantir a dignidade humana dentro das unidades prisionais e que o Estado precisa assumir sua responsabilidade para mudar essa realidade”.
A discussão na Comissão de Direitos Humanos é fundamental para que esses temas sejam debatidos e para que medidas efetivas sejam tomadas para garantir os direitos dos detentos e de suas famílias. A Comissão tem como objetivo promover e defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e trabalha para garantir que esses princípios sejam respeitados em todas as esferas do poder público.