A homenagem foi proposta pelo deputado Delegado Eduardo Prado (PL), representante dos policiais na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Na sessão solene em lembrança ao Dia da Polícia Civil, celebrado no dia 21 de abril, 80 policiais, entre agentes, escrivães e papiloscopistas, ativos e inativos que atuam em diversas cidades do estado, foram agraciados com o certificado.
A solenidade aconteceu nesta segunda-feira, 17, e contou com a presença maciça dos agentes de segurança das categorias homenageadas. Também prestigiaram o evento, o delegado-geral adjunto Murilo Polati; o delegado titular da 12ª Delegacia Regional de Polícia Stanislao Montserrat; o delegado-adjunto da Central de Flagrantes, Eduardo Soares; a delegada da Divisão de Comunicação e Cerimonial da Polícia Civil, Paula Meotti; o delegado titular da 11ª Delegacia de Formosa, José Antônio Machado Sena e a delegada titular da 15ª Delegacia Regional de Polícia de Goianésia, Poliana Bergamo Lomaz.
Na mesa de trabalhos, além do presidente Delegado Eduardo Prado, o diretor-geral da Polícia Civil de Goiás, André Gustavo Cortez Ganga; o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Ugopoci), Renato Ricardo Rodrigues; a presidente da União Goiana dos Policiais Civis, Nelma das Graças Félix e a presidente da Associação dos Profissionais Papiloscopistas do Estado de Goiás, Jaqueline Santana Santos.
Na abertura da solenidade, aconteceu a execução do Hino Nacional Brasileiro ao vivo, pela Banda da Polícia Militar.
Em seu discurso, Eduardo Prado pontuou que gostaria de homenagear todos os policiais civis, mas como não é possível, os que foram escolhidos para receberam a maior honraria concedida pela Casa, têm uma grande responsabilidade, porque representam regionais, outros policiais, equipes e a instituição Polícia Civil.
Segundo o parlamentar, a homenagem da noite se justifica, pois são homens e mulheres que tomaram a decisão de servir à sociedade e proteger a todos com a própria vida. “Nos dias de paz as pessoas não lembram de nós, policiais civis, são nos dias obscuros que a população clama por nossa chegada. E para esses dias estamos sempre preparados”, afirmou.
Prado disse, ainda, que fazer parte da Polícia Civil é, para ele, uma maneira de viver que transforma os profissionais profundamente. E lembrou ainda dos desafios enfrentados diariamente em batalhas contra os piores instintos das piores pessoas. Além disso, muitas vezes, não tem o reconhecimento devido, tendo também que lutar por melhores condições de trabalho.
Ao reforçar o compromisso com a categoria, o deputado citou iniciativas de sua autoria, que valorizam os policiais civis, como o projeto de lei que garante, para agentes e escrivães, gratificação por acúmulo de comarca, a luta pela reforma da Previdência, pela garantia do pagamento da data-base dos servidores e pelo adicional noturno, entre outros.
Por fim, Prado abordou, mais uma vez, os riscos a que os profissionais estão expostos, que sempre são enfrentados com bravura. “Gostaríamos que a paz fosse conquistada com sutilezas, seria essa a nossa imagem de perfeição. Assim, as nossas mães, cônjuges, filhos não precisariam se despedir de nós com medo quando saímos de casa. Mas nós, policiais civis, sabemos que a paz se conquista com a força e a valentia dos heróis que arriscam suas vidas para que outras vidas tenham paz”, disse ele.
Em seguida, houve uma apresentação do Coral da Ugopoci, que executou o Hino da Polícia Civil de Goiás.
Em um discurso breve, o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, parabenizou os policiais civis, especialmente pelo trabalho desenvolvido nos últimos dias, que tem evitado casos de violência contra instituições de ensino. “Só tenho a agradecer a todos os policiais, não só das especializadas, mas também das regionais, dos distritos, que estão atuando de maneira irretocável, e, com isso, conseguimos ter essa prevenção tão grande nesses casos que poderiam acontecer, de violência nas escolas”.
Após mais uma exibição do Coral da Ugopoci e da entrega dos Certificados do Mérito Legislativo, a policial Simone de Jesus foi convidada a discursar em nome dos homenageados.
Ela iniciou sua fala abordando o simbolismo da homenagem, que é singela, mas não a dissocia das lutas por melhorias salariais e de condições de trabalho.
Em seguida, a policial afirmou que a reflexão que gostaria de fazer na celebração da data é sobre a humanização do agente de segurança. Segundo Simone, ela se preocupa quando os policiais são comparados a heróis ou guerreiros, porque isso os distancia da condição humana. “Nós somos pessoas, nós somos homens, somos mulheres, com defeitos, com qualidades. E nós não podemos nos esquecer disso. Nós temos um número altíssimo de policiais adoecidos, de policiais que suicidam… então, nesse dia do policial, eu gostaria que nós pensássemos em nós, não só como instituição, mas como pessoas. Porque assim a gente vai cuidar da nossa vida e, consequentemente, vamos ter um resultado melhor na nossa profissão”, analisou.