A Alemanha entrou em recessão técnica no primeiro trimestre de 2023, com o Produto Interno Bruto (PIB) registrando queda pelo segundo trimestre consecutivo. A recessão foi impulsionada pela diminuição da demanda na indústria, alta inflação e taxas de juros elevadas. O PIB alemão teve uma queda de 0,3% em relação ao trimestre anterior e uma contração anual de 0,5% nos primeiros três meses do ano. A recessão técnica é definida como a queda da atividade econômica durante dois trimestres seguidos. A pandemia de coronavírus já havia causado uma queda do PIB nos primeiros e segundos trimestres de 2020, mas esta é a primeira vez que a Alemanha entra em recessão técnica desde então.
A indústria alemã foi particularmente afetada no ano passado devido ao corte de fornecimento de gás russo e ao aumento dos preços devido às sanções ocidentais após a invasão da Ucrânia por parte de Moscou. No entanto, a economia alemã conseguiu resistir melhor do que o esperado, em parte graças à ajuda pública e à reabertura da China após a pandemia. No entanto, indicadores econômicos recentes, como a produção industrial, os pedidos industriais e as exportações, mostraram quedas significativas. Além disso, o consumo interno também desacelerou devido à inflação elevada. Apesar dos resultados negativos, o governo alemão projeta uma recuperação gradual ao longo do ano e um crescimento de 0,4% para 2023. No entanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma contração de 0,1% na atividade econômica alemã este ano, seguida de uma recuperação de 1,1% em 2024.