O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o governo brasileiro planeja criar uma estrutura de coordenação local para as ações relacionadas à terra indígena yanomâmi, situada em Roraima. Cerca de R$ 1,2 bilhão serão alocados para as ações federais na região em 2024. O ministro afirmou que, após o Carnaval, o governo detalhará as iniciativas planejadas. A decisão vem após uma reunião no Palácio do Planalto, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para avaliar e planejar as ações do governo na área.
Rui Costa enfatizou que o foco será a migração de ações emergenciais para estruturantes. No ano anterior, a região yanomâmi foi amplamente destacada devido à divulgação de imagens de indígenas da etnia em situação de desnutrição e ameaçados por garimpeiros. Na época, o governo adotou medidas emergenciais para assistência e combate ao crime na área. O plano agora inclui a criação de uma casa de governo em Roraima, que servirá como uma coordenadoria permanente para ações federais na região, com três bases dentro da terra indígena.
A nova estrutura deverá envolver ministérios responsáveis pelos yanomâmis, como Justiça, Saúde, Povos Indígenas, Assistência Social e Defesa, com participação das Forças Armadas e da Polícia Federal. Embora as ações do governo no ano passado tenham conseguido retirar milhares de garimpeiros da terra indígena e resultado em apreensões significativas, ainda persistem atividades desses grupos. Além disso, estão previstas medidas para a recuperação do modo de vida yanomâmi, como a reestruturação das atividades de pesca e agricultura, reduzindo a dependência de entregas de alimentos e o estabelecimento de uma nova estrutura para a Casa de Saúde Indígena em Roraima. A entrevista coletiva contou com a presença de outros ministros e autoridades envolvidas nas ações.