Três anos após a enfermeira Mônica Calazans se tornar a primeira brasileira vacinada contra a Covid-19, especialistas destacam a importância de ampliar a cobertura vacinal, especialmente entre os grupos de risco. Embora a pandemia tenha sido controlada, o vírus continua circulando e causando mortes. O médico infectologista Gonzalo Vecina Neto ressalta a necessidade de atualizar o calendário vacinal e destaca o papel fundamental da atenção primária à saúde no avanço da imunização. Além disso, a vacinação de crianças é uma preocupação, pois a baixa cobertura nesse grupo tem contribuído para a mortalidade infantil.
Enquanto a enfermeira Mônica Calazans, primeira vacinada no Brasil, relembra com emoção o momento que trouxe esperança aos brasileiros, o país enfrentou desafios durante a pandemia, como o comportamento negacionista do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, a atuação da rede periférica de serviços de saúde pública foi positiva para avançar na imunização da população. No entanto, os especialistas alertam para a importância de manter a vacinação contra a Covid-19, mesmo com o cenário atual mais favorável. A vacinação anual, especialmente para os grupos de maior risco, pode ser necessária devido às mutações do vírus. A vacinação infantil é outro desafio, pois a cobertura ainda é baixa, e crianças pequenas são vulneráveis à doença.
O Ministério da Saúde destaca que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 teve êxito graças à colaboração das esferas de governo. Até o momento, cinco vacinas estão autorizadas no Brasil, e a vacinação é recomendada para a população geral a partir dos 6 meses de idade. A estratégia de vacinação para grupos prioritários, incluindo a dose de reforço, foi iniciada em 2023, e a pasta ressalta a incorporação da vacinação infantil ao Calendário Nacional. O Ministério acompanha a cobertura vacinal e atualiza os esquemas de vacinação conforme necessário, adaptando-se às novas variantes do vírus.