O dólar abriu em alta nesta quarta-feira, influenciado pelas preocupações dos investidores em relação às taxas de juros nos Estados Unidos e à discussão sobre a reoneração da folha de pagamentos no Brasil. No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,22% e alcançou o maior patamar em um mês, cotada a R$ 4,9250. No mercado brasileiro, as atenções estão voltadas para o impacto da possível reoneração da folha de pagamentos das empresas. Além disso, os balanços corporativos das empresas americanas e as declarações do diretor do Fed, Christopher Waller, sobre as taxas de juros nos EUA também são acompanhados de perto pelos investidores.
No mercado cambial, o dólar continuou em alta, registrando um aumento de 0,15% em relação ao real, cotado a R$ 4,9322. Com esses movimentos, a moeda dos Estados Unidos acumulou ganhos de 1,40% na semana, 1,49% no mês e no ano. Já o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, encerrou o pregão anterior com uma queda de 1,69%, chegando aos 129.294 pontos. O Ibovespa acumula uma queda de 1,29% na semana, 3,65% no mês e no ano.
As declarações do diretor do Fed, Christopher Waller, sobre o futuro das taxas de juros nos Estados Unidos estão sob os holofotes, pois contrariam as expectativas do mercado de uma redução dos custos dos empréstimos a partir de março. Waller afirmou que o Fed não deve se apressar em cortar sua taxa básica de juros até que haja clareza sobre a sustentabilidade da baixa inflação. Ele destacou a importância de reduções metódicas e cuidadosas, em vez de reduções abruptas e significativas. Essa postura do Fed diverge das expectativas do mercado, que prevê cortes de até 1,5 ponto percentual nas taxas até o final do ano. Desde julho, o Fed tem trabalhado com uma taxa básica na faixa de 5,25% a 5,5%.