O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, está adotando uma estratégia diversa para enfrentar a principal chapa de oposição, formada por Guilherme Boulos (PSol) e Marta Suplicy (Sem Partido). Nunes planeja lançar 11 grandes empreendimentos na cidade até fevereiro, a fim de impulsionar sua campanha à reeleição. Além disso, ele adiará ao máximo a escolha do vice, buscando um nome que tenha maior amplitude dentro do grupo de aliados, inclusive considerando a possível influência do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A ampla frente de 12 partidos que apoia a candidatura de Nunes defende que a escolha do vice seja avaliada com cautela e que os presidentes de cada partido sejam consultados. A estratégia do prefeito é utilizar o tempo disponível para encontrar um parceiro ou parceira de chapa que tenha mais liberdade e que possa agregar ao seu grupo de aliados. Nomes ventilados até o momento estão distantes de alcançar um consenso, mas a fala de Bolsonaro, que destacou sua própria liberdade na escolha do vice, foi interpretada como um sinal verde para que Nunes busque um parceiro com maior flexibilidade.
Além de consultar Bolsonaro, Nunes também buscará o apoio do governador Tarcísio de Freitas e dos presidentes de partidos como o Republicanos e o PP. O prefeito se encontrou com Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula e atualmente no PDT, indicando uma possível aproximação política. Com o objetivo de fortalecer sua posição e enfrentar a oposição, Nunes aposta na realização de grandes obras na cidade e na busca por um vice que amplie sua base de apoio.