A Polícia Civil de Goiás tem desempenhado um papel fundamental no combate aos golpes bancários, que se tornam cada vez mais sofisticados e personalizados. Através do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), a polícia identificou dois golpes comuns no estado: o do novo número e o do intermediário, ambos aplicados por criminosos de outras regiões. A maioria dos golpes envolvendo vítimas goianas são realizados por suspeitos de outros estados, enquanto criminosos locais também visam vítimas de fora. Para combater esses crimes, a conscientização e a desconfiança são aliadas essenciais das forças de segurança.
Os golpes bancários mais frequentes em Goiás envolvem a criação de perfis falsos utilizando fotos de redes sociais. Os golpistas se passam por pessoas conhecidas das vítimas e solicitam dinheiro através de diferentes desculpas. Outro golpe comum é o do intermediário, que engana tanto vendedores quanto compradores. Nesse caso, os criminosos produzem anúncios falsos com detalhes de produtos anunciados por vendedores não profissionais. Ao fechar negócio, o golpista instrui o comprador a fazer o depósito em sua própria conta bancária, causando prejuízos para ambas as partes envolvidas. É importante destacar que a participação da população é fundamental para a investigação e repressão desses crimes, por isso as vítimas devem registrar boletins de ocorrência e informar os dados bancários fornecidos pelos criminosos.
Diante do aumento de estelionatos, há uma nova modalidade de golpe conhecida como “falsa central telefônica bancária”. Nesse golpe, o criminoso se passa por um funcionário de uma instituição financeira e induz a vítima a realizar movimentações em seu favor. Caso seja comprovada a falha no sistema de segurança do banco, a vítima tem direito a indenização por danos morais e materiais. Para prevenir-se contra esses golpes, as vítimas devem procurar imediatamente a instituição financeira e a polícia. Além disso, é recomendado o bloqueio dos valores transferidos via Pix através do Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central. O registro do boletim de ocorrência nas Centrais de Flagrante ou pela Delegacia Virtual é essencial para permitir a identificação de grupos criminosos e a conexão com outros casos semelhantes. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também orienta que, em caso de ligação suspeita, o cliente desligue e entre em contato com o número de telefone da central verdadeira, presente no verso do cartão bancário.