A Controladoria-Geral da União (CGU) destituiu Luciano de Freitas Musse, ex-gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC), após investigações no escândalo dos pastores evangélicos durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Musse é acusado de receber R$ 20 mil para auxiliar pastores a favorecer prefeituras aliadas na destinação de verbas da Educação. As investigações da Polícia Federal (PF) apontam crimes como corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência em um suposto esquema para liberação de recursos do MEC. Musse, aliado de Ribeiro, é acusado de ligação com os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia, que teriam atuado informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos por meio de concessão de propina.
A CGU afirma que as provas reunidas indicam que Musse fazia parte da equipe dos pastores que cobrava propina de representantes municipais para liberação de verbas do MEC. O ex-servidor, mesmo exonerado, fica impedido de exercer cargo público por 8 anos. Além disso, a investigação aponta indícios de interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria alertado Ribeiro sobre possíveis buscas e apreensões. Após mais de um ano de paralisação da investigação aguardando decisão do Supremo, o caso foi enviado à primeira instância da Justiça em dezembro de 2023, após Bolsonaro deixar a presidência.