Um homem de 47 anos foi atacado por dois cachorros em uma praça em Franca (SP) no fim da tarde de quarta-feira (10). Um dos animais chegou a morder o almoxarife Jean Cristiano Sales e ele precisou passar por atendimento no pronto-socorro.
Sales contou que o ataque aconteceu quando ele passava pela Praça Nossa Senhora da Conceição, em frente à fonte luminosa. No local, segundo o almoxarife, vive um homem em situação de rua e os cachorros dele.
“Minha esposa estava saindo do serviço e me ligou para encontrar com ela nas Casas Bahia, que é quase de frente ao acontecido. Eu fui de encontro com a minha esposa, dois cachorros grandões vieram latindo para mim e avançando. Fui me defender de um, eu estava com uma sacolinha na mão e girei a sacolinha pra assustar ele, aí o outro veio, já me deu a bocada e ficou latindo. E eu gritando lá. Fiquei desesperado”, disse Sales.
Ainda segundo Sales, pelo menos oito animais ficam no local. Ele revela que, além dele, outras pessoas já teriam sido atacadas pelos mesmos cachorros.
“Esse morador desce para fazer a higiene dele de manhã cedo no banheiro do terminal de ônibus e os cachorros descem tudo com eles. É muito movimentado de manhã cedo e esses cachorros ficam latindo, avançando em todo mundo. Além de mim, eles morderam uma moça também no mesmo dia”, afirmou.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Franca informou que não há registro de reclamações referentes a animais soltos na praça.
Em nota, a administração destacou que as denúncias devem ser feitas ao Canil Municipal pelos telefones (16) 3703-9389, ou para a Guarda Civil Municipal pelos telefones 153 ou (16) 3724-1033.
Sales conta que tem medo de cachorro e, por isso, o pavor foi ainda maior.
“Fiquei uns dois minutos na luta com eles, eles em cima de mim, me deu um desespero. Eu tenho medo de cachorro, tenho trauma de cachorro, eu nunca nem tive cachorro. A hora que eles vieram ao meu encontro eu fiquei doido”, disse.
Ainda segundo Sales, o homem em situação de rua, que seria dono dos cachorros, não tentou espantar os animais dali.
“É muito revoltante. Você vê que a pessoa não faz nada, não grita com eles pra eles pararem de avançar. Meu sentimento é de muito revolta mesmo, porque eu não sou o primeiro, já vi eles atacarem outras pessoas, só que eu não imaginei que comigo ia acontecer”, afirmou.
Após o ataque, o almoxarife foi com a esposa até o Pronto Socorro Doutor Álvaro Azzuz, onde passou por atendimento. Na sequência, a vítima foi orientada a passar pela UPA do Jardim Anita para tomar vacina. São necessárias quatro doses e ele já tomou duas.
“Ainda vou precisar tomar a terceira dose daqui sete dias e a quarta, daqui catorze dias. Ainda estou com muita dor e está difícil andar. Estou desempregado e não posso nem trabalhar. Tinha um bico no sábado e não vou poder ir”, disse.