O Equador, um dos menores países da América do Sul, tornou-se o maior exportador de cocaína para a Europa nos últimos anos. O fenômeno começou em 2016, após o acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano.
A localização estratégica do Equador, entre os dois maiores produtores mundiais de cocaína, Peru e Colômbia, e o seu porto de Guayaquil, um dos mais movimentados do mundo, contribuíram para o crescimento do tráfico de drogas no país.
Além disso, a privatização da segurança pública pelo governo equatoriano, que resultou em um aumento do número de agentes privados de segurança, também facilitou o trabalho dos traficantes.
A violência no Equador, que atingiu níveis recordes em 2023, é um reflexo do aumento do tráfico de drogas no país. As facções criminosas que controlam o comércio de cocaína estão cada vez mais armadas e violentas.
Para combater o problema, os especialistas apontam a necessidade de uma coordenação entre os países da região. Além disso, é preciso investir em inteligência e capacidade de identificação de rotas, de atores e das dinâmicas do crime internamente.