O governo do presidente Gabriel Boric declarou estado de emergência no Chile devido à propagação de incêndios florestais que já causaram mais de 50 mortes e deixaram centenas de pessoas desaparecidas. As chamas atingiram principalmente as regiões de Valparaíso, OHiggins e Araucanía, no centro do país, e têm sido combatidas por bombeiros e equipes de emergência. O presidente Boric viajou para Valparaíso e decretou estado de emergência por catástrofe para garantir todos os recursos necessários para combater os incêndios. O governo prometeu investigar as causas dos incêndios até as últimas consequências e reforçou a vigilância nas áreas afetadas.
Os esforços para controlar a situação têm sido dificultados pelas condições meteorológicas adversas, como altas temperaturas, ventos fortes e baixa umidade. Até o momento, as autoridades ainda não conseguiram fazer um levantamento completo das vítimas ou da extensão dos danos nas casas e infraestruturas afetadas. Em algumas áreas, como Viña del Mar, o número de desaparecidos já chega a 370. O governo chileno decretou toque de recolher em algumas comunas para facilitar a circulação das equipes de emergência.
Os incêndios florestais no Chile têm se tornado uma preocupação recorrente nos últimos anos. Em 2023, uma onda de calor recorde resultou em incêndios que deixaram 27 mortos e afetaram mais de 400 mil hectares de terra. Embora a área afetada pelos incêndios deste ano seja menor em comparação ao ano anterior, a proximidade das chamas com áreas urbanas representa um risco elevado para a população, casas e instalações. As autoridades chilenas estão empenhadas em conter a propagação dos incêndios e fornecer suporte às comunidades afetadas.