Uma investigação da Polícia Federal revelou mensagens trocadas pelo general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, que mencionam uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Em uma conversa com um militar, Braga Netto reclama da falta de adesão do então comandante do Exército, general Freire Gomes, ao movimento golpista, chamando-o de “cagão”. A Polícia Federal apreendeu o passaporte de Bolsonaro como parte da operação, que busca desmantelar um esquema que disseminou informações falsas e discutiu a desestabilização das instituições do país.
O diálogo revelado nas mensagens mostra Braga Netto compartilhando um texto que critica a omissão do comandante do Exército em aderir ao golpe. Em resposta, o militar sugere insistir com Freire Gomes ou entregá-lo aos “leões”. Braga Netto responde dizendo “Oferece a cabeça dele. Cagão”. A investigação também revelou a preparação de uma minuta de decreto presidencial que visava abrir caminho para o golpe e incluía a revisão da prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal e do presidente do Senado. Filipe Martins, assessor de Bolsonaro, foi preso durante a operação.
Essa investigação da Polícia Federal expõe conversas comprometedoras envolvendo o general Braga Netto e revela a existência de um esquema que discutiu um golpe de Estado no Brasil. Bolsonaro, que já foi condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral, teve seu passaporte apreendido como parte da operação. A minuta de decreto presidencial encontrada sugere a desestabilização das instituições do país e a disseminação de informações falsas. As investigações continuam no intuito de desmantelar esse esquema e responsabilizar os envolvidos.