O ex-jogador de futebol Daniel Alves depôs no terceiro e último dia do seu julgamento por estupro na Espanha, alegando embriaguez e afirmando que o sexo foi consensual. Em seu depoimento, Alves chorou e negou ser um homem violento. Ele revelou que estava embriagado após consumir bebidas alcoólicas durante todo o dia, uma informação que ainda não havia sido apresentada à Justiça espanhola. O código penal do país prevê um atenuante da pena em caso de grave vício em álcool, drogas ou outras substâncias.
Durante a audiência, médicos testemunharam que o DNA encontrado no corpo da mulher que o acusa é compatível com o de Daniel Alves. Além disso, foram analisadas horas de vídeos captados na noite do incidente, incluindo imagens das primeiras palavras da denunciante, em que ela afirma ter sido violentada, mas que não desejava fazer a denúncia. As advogadas das partes se manifestaram após a audiência: Ester Garcia, representando a denunciante, espera a condenação de Alves, enquanto Inês Guardiola, defensora do ex-jogador, reafirmou sua inocência e aguarda a sentença do tribunal.
Apesar de não haver previsão para a divulgação da sentença, é esperado que a publicação seja antecipada em comparação com o tempo médio de três a seis semanas em julgamentos semelhantes. Daniel Alves retornou à prisão, onde aguardará o resultado do julgamento. O caso continua a atrair grande atenção pública tanto na Espanha quanto no Brasil, e a decisão do tribunal terá um impacto significativo na vida do ex-jogador de renome internacional.