A contagem regressiva para os desfiles do carnaval em São Paulo traz consigo uma celebração da inclusão. Pessoas com deficiência se preparam para mostrar na avenida que o samba é para todos. O desfile da Rosas de Ouro conta com a presença da primeira ala inclusiva da cidade, que começou em 2008 com apenas três participantes e agora conta com 120 membros. Pessoas como Ricardo Tadeu de Paiva, que tem paralisia cerebral, encontram no carnaval uma oportunidade de sentir-se verdadeiramente incluídas, superando limitações e fazendo parte de algo maior.
Dentre os integrantes da ala inclusiva, estão Gustavo, um autônomo que toca na bateria da escola Tom Maior e adaptou seu instrumento devido à amputação de uma perna após um acidente de moto, e Mel Ribeiro, uma analista de RH que estreará na passarela do samba pela escola Dragões da Real em 2024. A animação e dedicação desses foliões mostram que o samba está além do “pé”, estando presente no quadril, no sorriso e nas mãos. A inclusão no carnaval de São Paulo oferece uma experiência colorida e vibrante para aqueles que participam, deixando uma marca indelével em suas vidas.