A profissão de piloto de drone agrícola está em ascensão no Brasil, sendo destacada em duas listas de cargos em alta no mercado de trabalho. Esses profissionais são responsáveis por pilotar drones utilizados na aplicação de agrotóxicos, defensivos biológicos, mapeamento de lavouras e detecção de pragas e doenças nas plantações. A remuneração varia amplamente, podendo chegar a até R$ 10 mil, dependendo da formação e comissões. Para atuar nessa área, é necessário obter a habilitação do Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR) e conhecer o funcionamento e configuração dos drones.
O piloto agrícola Adrien Michelmann, de 26 anos, ingressou nessa profissão após se interessar pelo crescimento do mercado de drones agrícolas. Ele realizou um curso técnico de Agricultura de Precisão, tornou-se habilitado pelo Ministério da Agricultura e concluiu o CAAR. Atualmente, trabalha em uma usina de cana-de-açúcar, onde realiza tanto o mapeamento quanto a pulverização das lavouras, utilizando drones diferentes para cada tarefa. Michelmann recebe um salário fixo de cerca de R$ 4,5 mil, sem comissões, mas está satisfeito com sua remuneração e benefícios.
Na região de Patrocínio (MG), o engenheiro agrônomo João Eder Naimeg destaca que os pilotos de drone com carteira assinada estão mais satisfeitos do que os autônomos. O salário médio de um piloto CLT na região é de aproximadamente R$ 3 mil, mas, com comissões por hectare, é possível chegar a uma remuneração de R$ 5 mil por mês. No entanto, a competição entre os pilotos autônomos gera uma disputa de preços, o que levou Naimeg a considerar a criação de um sindicato para padronizar os valores. Ele também ressalta a importância da formação teórica e prática para garantir a segurança nas atividades, pois acidentes são comuns na região.