A Polícia Federal realizou uma operação nesta quinta-feira (8) com o objetivo de desmantelar um grupo que atuava em seis núcleos para organizar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, no Brasil. De acordo com o relatório da investigação, os núcleos tinham funções distintas, incluindo desinformação e ataques ao sistema eleitoral, incitação de militares ao golpe, apoio jurídico, operacional e de inteligência paralela, além de um núcleo composto por oficiais de alta patente que influenciavam e apoiavam as ações dos demais grupos. A operação resultou em prisões de militares, ex-assessor de Bolsonaro e ex-ministros do governo.
Foram expedidos mandados de busca e apreensão e prisão preventiva, além de medidas cautelares para os investigados. O núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral tinha como objetivo disseminar notícias falsas sobre a lisura das eleições de 2022, com o intuito de estimular seguidores a permanecerem em frente a quartéis e instalações das Forças Armadas, criando um ambiente favorável para o golpe. Outros núcleos atuavam no incitamento de militares, no apoio operacional às ações golpistas, na coleta de informações para auxiliar o então presidente Jair Bolsonaro e na influência de oficiais de alta patente.
A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, resultou na prisão de três pessoas, incluindo Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército. Além disso, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos estados do país. O relatório da PF revela os nomes dos integrantes de cada núcleo e suas respectivas funções. A operação, denominada Tempus Veritatis, busca esclarecer os fatos relacionados à tentativa de golpe ocorrida em 2022 e garantir a segurança institucional do país.