O general 4 estrelas Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira está sendo investigado pela Polícia Federal por supostamente ter consentido com a adesão ao golpe de Estado. Segundo as investigações, o general teria se reunido com o então presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2022 e concordado com a medida, desde que o presidente a assinasse. O general, que foi comandante de Operações Terrestres e integrava o Alto Comando do Exército, teria sido alvo de busca e apreensão e deixou o cargo em novembro de 2023, já sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O caso também envolve a suposta participação de outras autoridades militares no planejamento do golpe.
O general Theophilo era responsável pelo emprego do Comando de Operações Especiais do Exército e, caso a medida de intervenção se concretizasse, caberia às Forças Especiais do Exército a missão de efetuar a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. As investigações indicam que a intenção dos militares envolvidos era manter postos estratégicos mesmo após a mudança de governo, a fim de controlar a força operacional militar e evitar medidas de responsabilização criminal. O general Theophilo teria utilizado seu cargo para buscar uma blindagem institucional e afastar possíveis acusações criminais.
A investigação da Polícia Federal prossegue para apurar a participação de outras autoridades militares e esclarecer os detalhes do suposto plano de golpe de Estado. O caso revela a complexidade das relações entre as instituições do país e a importância de investigações rigorosas para garantir a segurança e a estabilidade democrática.