Uma investigação da Polícia Federal apontou uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares e políticos. Segundo as apurações, o grupo teria se articulado para deslegitimar as instituições com informações falsas e tentar reverter o resultado das eleições de 2022, visando impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Diversos depoentes, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, responderam às perguntas da PF, enquanto outros, como Bolsonaro e alguns ex-ministros, optaram por ficar em silêncio.
A investigação se baseia em evidências como a gravação de uma reunião em que Bolsonaro e seus ministros discutiram a disseminação de desinformações sobre o sistema de votação. Na reunião, o então presidente teria ordenado que seus ministros replicassem informações fraudulentas e desviassem as funções de seus cargos para esse propósito. O ex-ministro da Defesa, Anderson Torres, também respondeu às perguntas da PF, enquanto figuras como o general Augusto Heleno teriam sugerido ações contra instituições e pessoas, defendendo uma possível virada de mesa antes das eleições.
O clima de tensão se intensifica com detalhes revelados, como a suposta intenção de infiltrar agentes da Abin nas campanhas eleitorais e a menção de um “plano B” que deveria ser colocado em prática imediatamente. Bolsonaro teria destacado a importância de agir antes das eleições, deixando claro que após o dia 2 de outubro seria tarde demais. A defesa de Bolsonaro e outros investigados optou por permanecer em silêncio diante das acusações, enquanto a PF prossegue com as investigações sobre essa grave denúncia de tentativa de golpe de Estado.