Um movimento democrata em Michigan está desafiando a liderança do presidente Joe Biden nas primárias do estado, através da campanha “Listen to Michigan”, que incentiva os eleitores a votarem de forma descompromissada, sem apoiar diretamente um candidato. Coordenado pela irmã da congressista Rachida Tlaib, o movimento busca protestar contra o apoio de Biden a Israel na guerra de Gaza, refletindo o descontentamento de parte da comunidade árabe-americana com as políticas americanas no Oriente Médio. Embora não represente uma ameaça imediata à vitória de Biden, o voto descompromissado destaca vozes dissidentes dentro do partido e pressiona por mudanças na política externa.
Além disso, a insatisfação com as posições de Biden em relação a Israel e Gaza levanta preocupações sobre a possível influência do ex-presidente Trump no estado de Michigan, onde ele lidera as pesquisas por uma pequena margem. A governadora Gretchen Whitmer alerta que qualquer voto que não seja dado a Biden poderia beneficiar Trump, ressaltando as consequências devastadoras de um segundo mandato do ex-presidente. Enquanto Biden venceu as primárias na Carolina do Sul, a disputa em Michigan destaca a divisão dentro do partido democrata e a necessidade de responder às demandas de mudança de rumo na política externa americana.
A campanha “Listen to Michigan” não busca necessariamente minar a candidatura de Biden em novembro, mas sim enviar um sinal claro sobre a urgência de mudanças nas políticas do governo em relação ao Oriente Médio. Com a presença significativa da comunidade árabe-americana em Michigan, o movimento destaca a importância de ouvir e atender às preocupações dessa população eleitoral, que busca influenciar a agenda política do partido democrata e promover uma abordagem mais crítica em relação aos assuntos internacionais.