As pesquisas de opinião indicam um aumento significativo de apoio ao partido Chega, de direita radical, em Portugal, sugerindo que o partido pode dobrar sua votação em relação a 2022. Sob a liderança de André Ventura, o partido tem avançado na corrida eleitoral, com possibilidade de mudar a configuração política do país. Ventura tem utilizado retórica semelhante à de Jair Bolsonaro, levantando preocupações sobre uma suposta fraude eleitoral, embora as autoridades portuguesas neguem tais alegações.
O Chega, que promove o combate à corrupção e à classe política, conquistou cerca de 16% do apoio eleitoral, representando mais do que o dobro de sua votação anterior. Se confirmado nas urnas, o partido se consolidará como a terceira força política no Parlamento português, podendo aumentar significativamente o número de deputados. Apesar das críticas de figuras como Luís Montenegro, líder do PSD, que descartou um acordo com o Chega, pressões internas podem surgir para formar uma coalizão, alterando a dinâmica política do país.
André Ventura, ex-comentarista de futebol, emergiu na política com propostas populistas e polêmicas, semelhantes às de Bolsonaro. Ele busca defender valores conservadores e propõe medidas como controle da imigração e castração química para estupradores. Embora haja diferenças entre os dois líderes, como o posicionamento em relação à ditadura e ao aborto, Ventura recebeu apoio de Bolsonaro e sua ascensão política pode ter impactos significativos no cenário político português.