Um estudo publicado pela revista científica Lancet destacou os benefícios da música tanto para pacientes durante procedimentos médicos quanto para profissionais de saúde. A pesquisa enfatiza que a melodia está intimamente ligada ao desenvolvimento humano, estimulando sensações, cognição, movimentação e emoções, ao ativar diversas áreas do cérebro e córtices como o auditivo, visual e motor. A música é descrita como uma orquestra sinfônica, integrando campos cerebrais e emocionais.
O impacto da música na psicologia e nas relações sociais é ressaltado por especialistas da Universidade de São Paulo (USP). A melodia é vista como um texto que expressa experiências humanas, com obras como “As Quatro Estações de Vivaldi” e “As Missas de Bach” evocando sentimentos singulares nos ouvintes. A música é reconhecida como um elemento essencial na vida cotidiana, influenciando estados cognitivos e emocionais individuais e coletivos ao longo da história da humanidade.
Além de seus efeitos positivos, a música também pode ser utilizada de forma negativa, como arma de tortura, conforme evidenciado pelo uso de composições do programa infantil “Vila Sésamo” na Prisão de Guantánamo. No entanto, pesquisadores ressaltam o potencial terapêutico da música, destacando a importância da musicoterapia e do direcionamento de melodias específicas para diferentes respostas cerebrais e emocionais nos pacientes. O estudo aponta para a crescente compreensão do poder da música na melhoria da qualidade de vida humana.