Um esquema de corrupção na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro foi exposto, revelando pagamentos mensais entre R$60 mil e R$80 mil para evitar investigações de assassinatos. O relatório da Polícia Federal aponta que o delegado Rivaldo Barbosa, preso pelo caso Marielle Franco, interferia em casos envolvendo bicheiros, com possíveis pagamentos de até R$300 mil para obstruir investigações. O documento produzido durante a intervenção na segurança pública em 2018 indicava a proteção de contraventores e seus crimes.
O relatório destaca a inação da Delegacia de Homicídios da Capital, que se mostrava conveniente com o esquema criminoso, garantindo impunidade aos envolvidos. Testemunhas relataram desestímulo em procurar a delegacia, alegando que a mesma estaria comprada. Denúncias apontam para um acordo entre a delegacia e a contravenção, visando encobrir a verdadeira autoria e motivação de crimes, mantendo a dinâmica criminosa em curso. O Gaeco apontou indicativos de corrupção no cerne da delegacia, com inquéritos sumindo e investigações contra contraventores sem elucidação.
Em meio a evidências de corrupção e inação, o juiz Bruno Rulière criticou a morosidade nas investigações de mortes relacionadas ao jogo do bicho, citando problemas em casos como o assassinato de José Luís de Barros Lopes e Marcelo Diotti da Matta. O caso revela um rastro de sangue e impunidade ligados à Contravenção, refletindo a omissão e conivência de autoridades diante do crime organizado no Rio de Janeiro.