Um líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Paraíba, José Roberto da Rocha, de 53 anos, foi encontrado carbonizado em um bambuzal no pré-assentamento que coordenava, em Alhandra. O corpo de José Roberto foi descoberto ao lado de seu veículo queimado, gerando investigações sobre as circunstâncias do crime, que ocorreu durante a madrugada, segundo o MST. Até o momento, a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre a motivação ou autoria do assassinato.
O MST descreve José Roberto como coordenador de produção do acampamento Orlando Bernardino, ativo no movimento há menos de 10 anos. Ele deixou uma companheira com quem estava há 7 anos e dois filhos de um casamento anterior, residentes no Rio de Janeiro. O trágico episódio ressalta a violência persistente no campo paraibano, com histórico de assassinatos de trabalhadores rurais, como o recente caso de dois integrantes do MST mortos em Princesa Isabel, no final de 2023, e o assassinato de Severino Bernardo da Silva em Pedras de Fogo, em julho de 2022.
A Paraíba, marcada pela violência no campo ao longo da história, enfrenta mais uma tragédia com a morte de José Roberto da Rocha. O estado, palco de casos emblemáticos como os assassinatos de João Pedro Teixeira e Margarida Maria Alves, continua registrando episódios de violência contra trabalhadores rurais. O julgamento do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por violações de direitos humanos, relacionado a assassinatos e desaparecimentos de trabalhadores rurais, destaca a importância de investigações e medidas para combater a violência no campo na região.