Uma pesquisa realizada pela ONG Ampara Animal revelou uma conexão alarmante entre o compartilhamento de imagens de animais silvestres e exóticos nas redes sociais e o aumento na procura por esses animais como pets. No Brasil, estima-se que 35 milhões de animais sejam traficados anualmente, sendo que quase metade desse comércio ilegal ocorre online. Para combater essa prática, uma campanha nacional foi lançada com o objetivo de desencorajar o engajamento com esse tipo de conteúdo, alertando para as consequências do tráfico de animais.
As redes sociais desempenham um papel significativo nesse cenário, influenciando diretamente as pesquisas por compra de animais silvestres. Segundo o estudo da ONG, as redes sociais foram responsáveis por 37% das pesquisas por macacos e 18% por cobras. A facilidade de acesso a esses animais por meio da internet tem contribuído para o aumento do tráfico, como evidenciado pela recente apreensão de quase 400 animais em um aplicativo de mensagens no Paraná. Especialistas alertam que a aquisição desses animais não apenas é restrita, mas também alimenta um mercado ilegal que opera livremente no país.
Para combater essa tendência, a ONG Ampara Animal lançou uma campanha para sensibilizar os usuários da internet a não interagirem com postagens que exibam animais silvestres ou exóticos. Além disso, sugere-se apagar o histórico de navegação e limpar o cache do navegador para reeducar os algoritmos das redes sociais. A mudança de comportamento e consciência em relação ao consumo e compartilhamento de conteúdo envolvendo animais é crucial para preservar a biodiversidade, conforme ressalta Maurício Forlani, gerente de projetos da organização.