Em março, a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo apresentou um aumento significativo de 9,4 pontos percentuais, atingindo 421,3% ao ano, após dois meses consecutivos de queda. Embora a lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida tenha entrado em vigor em janeiro, a medida não impactou a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito, resultando em um cenário estável para novos financiamentos. O crédito com recursos livres às pessoas físicas registrou uma taxa média de 53,4% ao ano, com um aumento de 0,8 pontos percentuais no mês e uma diminuição de 5,2 pontos percentuais em 12 meses.
O crescimento do crédito rotativo e de outras modalidades de crédito pessoal não consignado e cartão de crédito parcelado impulsionou o saldo do crédito livre às pessoas físicas em 0,4% em março e 8,2% em 12 meses. Enquanto as modalidades não rotativas apresentaram crescimento, as modalidades rotativas registraram uma queda mensal na carteira. O endividamento das famílias ficou em 47,9% em fevereiro, com uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 0,8 ponto percentual em 12 meses. O comprometimento de renda permaneceu estável em 25,7% em fevereiro, mostrando uma queda de 1,7 pontos percentuais em 12 meses.
No segmento de empresas, a taxa média de juros alcançou 20,9% ao ano em março, com um declínio de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 2,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional totalizou R$ 5,9 trilhões em março, com um crescimento mensal de 1,2%, impulsionado pelo aumento nas operações de crédito tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas. A inadimplência da carteira de crédito total do Sistema Financeiro Nacional manteve-se em 3,2% em março, indicando estabilidade no mês e em 12 meses.