O Censo 2022 apresentou uma análise detalhada dos perfis demográficos das populações indígena e quilombola na Bahia, evidenciando disparidades significativas em termos de idade e gênero. Enquanto a população indígena é mais envelhecida e feminina em comparação com a população geral, os quilombolas se destacam por serem mais jovens e majoritariamente masculinos. Os dados revelam que, embora as mulheres sejam maioria na população indígena baiana, sua representatividade é menor nas Terras Indígenas demarcadas, onde constituem uma minoria.
Além disso, as estatísticas apontam que a idade escolar entre os quilombolas na Bahia é mais elevada do que na população em geral do estado, com três em cada 10 quilombolas em idade escolar. O índice de envelhecimento entre os quilombolas também é menor em relação à população baiana em geral. Por outro lado, a população indígena exibe um cenário de envelhecimento mais acelerado, com aumento do índice de envelhecimento e da idade mediana, especialmente fora das terras indígenas. Nas terras indígenas, a idade mediana é significativamente mais baixa, refletindo uma população mais jovem.
Em um contexto de transformações demográficas, as terras quilombolas e indígenas na Bahia apresentam nuances distintas em termos de composição de gênero e idade. Enquanto algumas terras quilombolas se destacam por sua maioria feminina ou masculina, as terras indígenas revelam uma distribuição mais equilibrada entre homens e mulheres. Esses dados fornecem insights valiosos sobre a dinâmica demográfica dessas comunidades, destacando a importância de políticas públicas e ações afirmativas que levem em consideração essas especificidades.