As intensas chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o final de abril resultaram em uma tragédia que já contabiliza mais de 70 mortes confirmadas e mais de 100 pessoas desaparecidas. A Defesa Civil registra mais de 130 mil desabrigados e desalojados, afetando cerca de 844 mil gaúchos em 341 municípios do estado. O nível do Rio Guaíba ultrapassou a marca histórica e áreas como Porto Alegre e Canoas enfrentam inundações e operações de resgate.
Text: Autoridades nacionais, incluindo o presidente Lula, realizaram visitas ao estado para avaliar a situação e prestar solidariedade às vítimas. O Papa Francisco também manifestou suas preces durante a missa no Vaticano. Enquanto a Defesa Civil lida com a sobrecarga de demanda, voluntários se mobilizam para resgatar pessoas em áreas inundadas, como em Canoas, onde um cordão humano foi formado para auxiliar no resgate de moradores ilhados.
Text: Os meteorologistas apontam que os temporais no Rio Grande do Sul são resultado da combinação de intensas correntes de vento, um corredor de umidade proveniente da Amazônia e um bloqueio atmosférico, agravados pelas mudanças climáticas. A previsão indica uma trégua temporária no clima, permitindo uma pausa nas chuvas, mas com a expectativa de retorno de precipitações na próxima semana. A mobilização de autoridades e da população continua em meio ao maior desastre natural da história do estado.