O governo de São Paulo está investigando a inclusão de um vídeo do Movimento Brasil Livre (MBL) em aulas de língua portuguesa da 2ª série do Ensino Médio. O material, que abordava a importância do grêmio e do protagonismo juvenil na escola, foi removido das apostilas digitais após críticas e está sendo analisado pela Secretaria da Educação. A deputada estadual professora Bebel (PT) solicitou providências ao Ministério Público, alegando que escolas não devem veicular propaganda política em seu conteúdo oficial.
A gestão do secretário da Educação, Renato Feder, tem sido marcada por polêmicas, recuos e erros em materiais educacionais. Recentemente, a Justiça de São Paulo ordenou a suspensão do material didático digital devido a graves equívocos, como informações incorretas sobre a cidade de São Paulo e erros matemáticos básicos. Além disso, o governo planeja implementar uma plataforma de Inteligência Artificial para aprimorar o material digital, gerando preocupações entre educadores e especialistas sobre a substituição dos professores e a qualidade do ensino.
A decisão de utilizar Inteligência Artificial no aprimoramento do material digital é controversa e levanta debates sobre o papel dos professores e a qualidade do ensino público em São Paulo. Enquanto o governo defende a tecnologia como uma forma de facilitar a educação, críticos temem os impactos negativos que a substituição dos professores por ferramentas automatizadas pode trazer, incluindo o risco de disseminação de informações inverídicas e o empobrecimento do ensino.