O Brasil e o Paraguai fecharam um acordo para manter as tarifas da usina de Itaipu nos atuais níveis até 2026. Enquanto o Brasil manterá a tarifa de serviços em US$ 16,71 por quilowatt-mês, o Paraguai aumentará para US$ 19,28. O Brasil abrirá mão de US$ 300 milhões por ano para manter as tarifas mais baixas do lado brasileiro. Após 2026, as tarifas devem cair para o intervalo entre US$ 10 e US$ 12 por KW/mês, refletindo apenas os custos de operação da usina.
O dinheiro economizado pelo Brasil será utilizado para manter a tarifa do povo brasileiro inalterada, com a diferença sendo enviada para a estatal ENBPar, que detém participação na usina. As tarifas de serviços de Itaipu, conhecidas como Custo Unitário de Serviços de Eletricidade (Cuse), cobrem os custos de administração, operação, manutenção da usina, repasses em royalties e participações governamentais pelo uso da água, e a dívida de construção da usina. Com a definição das tarifas, as negociações sobre o Anexo C, que regula as condições de comercialização da energia gerada, serão destravadas, com expectativa de início em seis meses e encaminhamento ao Congresso.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou otimismo com o desfecho do acordo nas próximas semanas. Com a renegociação do Anexo C, o Paraguai poderá vender o excedente de energia gerada por Itaipu no mercado livre. O acordo marca um passo importante na cooperação energética entre os dois países e sinaliza uma nova fase nas relações bilaterais em relação à usina binacional.