A Ministra Daniela Teixeira, relatora do caso, leu seu voto no julgamento que avaliava a manutenção da prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche envolvido em um acidente fatal em São Paulo. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça formou maioria de votos para manter a prisão preventiva do réu, acusado de homicídio com dolo eventual e lesão corporal grave, devido ao acidente ocorrido em março. A decisão foi baseada na conduta do empresário após o acidente, considerada grave pela Justiça.
A prisão preventiva de Fernando Sastre foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo diante do risco de obstrução das investigações e de fuga. A defesa do réu argumentou no STJ que não havia elementos no processo que justificassem a manutenção da prisão, alegando que a medida foi influenciada pela pressão da mídia. No entanto, a ministra relatora afirmou que a conduta do empresário antes e depois do acidente foi determinante para a decisão de mantê-lo preso, ressaltando a gravidade de suas ações pós-acidente.
A ministra destacou que a postura de Fernando Sastre após o acidente, assim como suas atitudes para ocultar informações, foram determinantes para a manutenção da decisão de prisão. Apesar da tragédia do acidente, a justificativa para a segregação do réu baseou-se na sua conduta posterior ao ocorrido, levando a uma decisão respaldada pelo sistema processual penal. Ainda que acidentes de trânsito sejam comuns, foi a postura do réu que levou à perplexidade dos juízes e procuradores envolvidos no caso.